Não existem
limites para a matança da cultura popular na capital baiana. Os
barraqueiros da cidade estão proibidos de fazer parte das festas populares.
O prefeito ACM Neto e seu grupo político têm histórico em
atentar contra a cultura popular. No passado, através do prefeito Imbassahy,
foram colocados os primeiros tijolos para o estrangulamento da cultura popular.
Foi na gestão do então carlista, que festas populares como Lavagem do Bonfim, Segunda-feira
Gorda da Ribeira, Festa de Reis da Lapinha, Festa da Conceição e o próprio carnaval começaram ser
minadas. Algumas festas tiveram fim, outras continuam resistindo através
dos seus organizadores sem apoio do poder público.
No lugar do povo e sua cultura, o grupo político que voltou
ao poder com a eleição de Neto, deu lugar na década de 1990, aos empresários do entretenimento .
Assim, vimos serem erguidos na cidade grandes eventos como Farol Folia, Beach Folia e
congêneres para uma classe média que corresponde a uma pequena porcentagem da
população, em detrimento das festas da maioria que mora numa das cidades mais
produtivas e plural do mundo em se tratando de cultura.
No carnaval, a redução de barracas no circuitos da festa e ruas paralelas, em pouco tem a ver com espaço e muito com uma visão elitista e segregacionista dos gestores. Das poucas barracas que restaram, a padronização das barracas matou sua beleza. A
proibição de comidas e bebidas típicas também foi um golpe contra os
barraqueiros. Na época, a prefeitura limitou a quantidade de barraqueiros
sob o pretexto de uma nova organização da festa. Para fazer caixa, um novo
cadastro foi feito e sobraram denúncias de que as licenças foram distribuídas entre
os cabos eleitorais do grupo político do prefeito. Reduziam-se o número de barracas, aumentavam os camarotes e toda a segregação que vemos no atual carnaval.
Mais uma vez, este grupo político através do atual prefeito violenta
a população. Além das baianas serem proibidas de vender seus quitutes na praia,
ambulantes precisam desembolsar R$ 250 reais para poder vender os seus nas ruas
da cidade e barraqueiros, personagens históricos das festas, reclamam da redução de 71 para 23 pontos de vendas na festa da Conceição da Praia, que acontece no dia 8 de dezembro. Com a maioria proibida de participar das festas, foram às ruas protestar contra a prefeitura. Não foi a toa
que na gestão Imbassahy, Salvador era a capital do desemprego. Agora o mesmo
grupo político comete os mesmos erros. Não existe uma contrapartida, quase nenhuma política de geração de emprego.
Qual a política do prefeito ACM Neto?
Estrangular a cultura popular e potencializar a indústria do entretenimento (diga-se de passagem, negócios da sua família) dos grandes empresários do carnaval?
Fazer caixa com o dinheiro de quem menos tem (vide ambulantes, baianas) enquanto este
injeta mais de R$ 150 milhões no bairro da Barra?
Elitizar, segregar ainda mais as diferenças sociais e
raciais, aumentar a violência com desemprego, manter a política de subemprego à
maioria da população, pasteurizar nossa cultura?
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