25/11/2013

Mais Crimes Contra a Cultura Popular. Um Jeito ACM de Ser


 
Não existem limites para a matança da cultura popular na capital baiana.  Os barraqueiros da cidade estão proibidos de fazer parte das festas populares.  
O prefeito ACM Neto e seu grupo político têm histórico em atentar contra a cultura popular. No passado, através do prefeito Imbassahy, foram colocados os primeiros tijolos para o estrangulamento da cultura popular. Foi na gestão do então carlista, que festas populares como Lavagem do Bonfim, Segunda-feira Gorda da Ribeira, Festa de Reis da Lapinha, Festa da Conceição e o próprio carnaval começaram ser minadas. Algumas festas tiveram fim, outras continuam resistindo através dos seus organizadores sem apoio do poder público.
No lugar do povo e sua cultura, o grupo político que voltou ao poder com a eleição de Neto, deu lugar na década de 1990, aos empresários do entretenimento . Assim, vimos  serem erguidos na cidade grandes eventos como Farol Folia, Beach Folia e congêneres para uma classe média que corresponde a uma pequena porcentagem da população, em detrimento das festas da maioria que mora numa das cidades mais produtivas e plural do mundo em se tratando de cultura.

No carnaval, a redução de barracas no circuitos da festa e ruas paralelas, em pouco tem a ver com espaço e muito com uma visão elitista e segregacionista dos gestores. Das poucas barracas que restaram, a  padronização das barracas matou sua beleza. A proibição de comidas e bebidas típicas também foi um golpe contra os barraqueiros. Na época, a prefeitura limitou a quantidade de barraqueiros sob o pretexto de uma nova organização da festa. Para fazer caixa, um novo cadastro foi feito e sobraram denúncias de que as licenças foram distribuídas entre os cabos eleitorais do grupo político do prefeito. Reduziam-se o número de barracas, aumentavam os camarotes e toda a segregação que vemos no atual carnaval.
Mais uma vez, este grupo político através do atual prefeito violenta a população. Além das baianas serem proibidas de vender seus quitutes na praia, ambulantes precisam desembolsar R$ 250 reais para poder vender os seus nas ruas da cidade e barraqueiros, personagens históricos das festas, reclamam da redução de 71 para 23 pontos de vendas na festa da Conceição da Praia, que acontece no dia 8 de dezembro.  Com a maioria proibida de participar das festas, foram às ruas protestar contra a prefeitura. Não foi a toa que na gestão Imbassahy, Salvador era a capital do desemprego. Agora o mesmo grupo político comete os mesmos erros. Não existe uma contrapartida, quase nenhuma política de geração de emprego.

Qual a política do prefeito ACM Neto?
Estrangular a cultura popular e potencializar a indústria do entretenimento (diga-se de passagem, negócios da sua família) dos grandes empresários do carnaval?

Fazer caixa com o dinheiro de quem menos tem (vide ambulantes, baianas) enquanto este injeta mais de R$ 150 milhões no bairro da Barra?

Elitizar, segregar ainda mais as diferenças sociais e raciais, aumentar a violência com desemprego, manter a política de subemprego à maioria da população, pasteurizar nossa cultura?

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