12/11/2013

O raso ser capitalista e a individualização exarcebada (Fotografia rápida)

 
Aí tem uma propaganda em que o cara compra um milk shake e desesperado entra no metrô, que fecha com o braço e o milk shake do cidadão pra fora. Um outro rapaz, ao invés de ajuda-lo vai atrás e toma (rouba) o precioso líquido sem se importar muito com o outro.
Numa outra propaganda, um garoto toma fora da namorada que havia conhecido na praia porque a sua operadora de telefonia celular lhe dar facilidades para ficar muito tempo no telefone. Após o fora, o garoto simplesmente tira ela dos “favoritos” da sua agenda, assim, como quem joga um chiclete mastigado fora.

No sábado à tarde tem um programa em que o apresentador milionário faz jogos com pessoas pobres. Ele se mostra como um homem bom e, através de “parcerias” com empresas e empresários, o milionário apresentador apresenta sua bondosa alma sempre dizendo ao pobre que ele se apieda, de que para ganhar algo, terá que pagar alguma prenda. Assim, a espetacularização do jogo de rico usando pobres pessoas vulneráveis vira para um público mediano, a benevolência de um jovem narigudo...

Aí você liga o rádio, a música fala que pra namorar com a mulher tem que ter dinheiro, ou que a fila andou ou e que o Camaro Amarelo é que é legal. Quando não, a letra assemelha uma mulher a um mero pedaço de carne.

Aí você entende porque tanta gente fica postando tanta frase de autoajuda nas redes sociais. Está tudo realmente virado e acho que quem quiser entender a virada que está pra acontecer nesse segundo milênio, basta despir-se de tudo que ocasionou para que pensássemos dessa maneira. 
Estamos aqui é pra amar, é disso que estou falando.

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