14/07/2008

Davi e Golias, quem é quem?

Recentemente o radialista Raimundo Varela citou a bíblia para defender o candidato ACM Neto. "É a briga de Davi contra Golias" referindo-se à ACM Neto (Davi) e o governador Jaques Wagner (Golias). A citação é na verdade uma tentativa estratégica de fazer do candidato da oligarquia local de bom moço, o pequeno mas valente que luta contra o gigante Wagner. Enquanto isso a mídia Carlista capitaneada pela TV Bahia e pelo radialista e apoiador do candidato do DEM (Ex PFL) repercutem e colorem crises tentando desgatar o governador e o PT. Pra parte da mídia baiana, a violência na Bahia começou a existir no governo Jacques Wagner. Pior, não existia tráfico de drogas, assassinatos ou sequestro. A Bahia era a "Terra da Felicidade (de quem?)". Para eles, o HGE era maravilhoso, quase um hotel 5 estrelas nos governos do PFL/DEM de Paulo Souto, ACM e César Borges, afinal nada era mostrado na TV. Hoje, os repórteres sensacionalistas acampam na frente do HGE e contam quantas mortes ocorreram no dia.


A velhas práticas

No entanto cabe-nos verificar quem é Davi e Golias nessa história. ACM Neto, representante da elite dessa cidade se veste de "Davi paz e amor", mas por trás dessa máscara existe uma campanha milionária, declarada em 8 milhões de reais, praticamente o dobro dos demais candidatos. Além disso, o candidato "Davi de mentira" tem em seu favor, a rede de TV da sua família todos os dias e em toda a Bahia fazendo política a favor do seu partido e seus candidatos, além de agregados de outras emissoras como o radialista Raimundo Varela. Assim como Neto, Varela com seus programas popularistas na rádio e TV, vestindo-se de porta-voz do povo faz intervenções e campanha diária em prol da renovação do Carlismo. Aliás, sempre foi assim; a mídia, salvo algumas raras e corajosas excessões, sempre se calou covardemente diante das práticas truculentas de ACM e agora tenta com a ajuda da Igreja Universal do Reino de Deus e do bispo Marinho ressuscitar o Carlismo através de Neto.
Portanto, fica evidente que Wagner nem de longe é "Golias" nessa história, ao contrário, as movimentações do atual governador ainda são de resistência contra o que ficou de mais atrasado na Bahia, representado pela figura do candidato do DEM à prefeitura de Salvador.

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